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Daniela Falcão

Nossa Mulher Positiva é Daniela Falcão, jornalista e empresária com uma carreira marcada pela liderança em grandes publicações da mídia nacional e pelo incentivo à moda brasileira. Com formação pela UnB e passagens pela Folha de S. Paulo, foi diretora de títulos icônicos como TPM, TRIP e Vogue Brasil, consolidando sua influência no universo editorial. Hoje, à frente da Nordestesse, Daniela promove marcas nordestinas e atua em áreas como mentorias, varejo e projetos especiais, sempre com foco no fortalecimento do artesanato regional e na expansão do mercado de moda nacional. 



1. Como começou a sua carreira? 

Sempre quis ser jornalista, desde pequena escrevia para os suplementos infantis dos jornais. Me formei na UnB, e fui trainee da Folha de S. Paulo. Comecei no hardnews, cobrindo desabamento, chacina. Depois fui correspondente em NY e trabalhei na Sucursal de Brasília, cobrindo educação e saúde. Mas sempre gostei de contar histórias, então aos 30 e poucos tive uma crise de carreira e decidi que era hora de trocar jornal por revista, onde as histórias podem ser contadas com mais tempo e espaço. Fui primeiro ser subeditora da Revista de Domingo do Jornal do Brasil, que era um clássico carioca. Depois fui dirigir a TPM, assumi também a TRIP, até finalmente receber o convite para dirigir a Vogue em 2005. 

2. Como é formatado o modelo de negócios da Nordestesse? 

A Nordestesse é estruturada em quatro principais áreas de atuação. A primeira envolve mentorias para marcas, geralmente subsidiadas por organizações como Sebrae, governos estaduais e prefeituras, proporcionando suporte estratégico ao desenvolvimento de negócios. A segunda área é dedicada às operações de varejo B2C no formato Pop-up, com lojas temporárias já realizadas em locais como Iguatemi SP, Shopping Barra em Salvador e Parque Shopping em Maceió, além da participação em festivais de venda em parceria com multimarcas, como a Pinga, e em feiras importantes, como o Carandaí 25. A terceira frente são os projetos especiais desenvolvidos para marcas que desejam expandir sua presença no Nordeste, com exemplos de colaborações com empresas como Suvinil, Magalu e Instituto C&A. Por fim, a Nordestesse atua no fortalecimento do artesanato regional, em parceria com governos estaduais e organizações internacionais, como a OIT (Organização Internacional do Trabalho), visando valorizar e promover o artesanato local. 

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? 

Quando o COVID-19 explodiu eu era CEO das Edições Globo Condé Nast, com 4 revistas sob minha responsabilidade (Vogue, Glamour, GQ e Casa Vogue) e mais de 160 colaboradores. O mercado editorial ficou paralisado, ninguém sabia o que fazer… Foi preciso improvisar e também tentar ao máximo segurar receitas. Mas já pensou como convencer um anunciante de moda a não te abandonar se o comércio estava fechado? 

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora? 

Depois da pandemia eu aprendi que pausas são fundamentais para a gente manter a saúde mental. Que os momentos de lazer e preguiça devem ser levados tão a sério quanto os de trabalho e produtividade. Aliás, sou extremamente produtiva na arte de aproveitar a vida. Também ajuda muito morar perto do mar. Acho que banho de mar cura tudo: estafa, burnout, falta de criatividade... 

5. Qual seu maior sonho? 

O dia em que não vai ser mais necessário ter um ecossistema como o Nordestesse para abrir espaço para criativos da região, porque o brasileiro naturalmente vai priorizar marcas que carregam nosso DNA, sem tanto deslumbramento com marcas internacionais. Para isso temos que tornar essas marcas mais conhecidas porque, afinal, quem não conhece não consome. Não acho que haja má vontade do público com a moda nacional, é mais um desconhecimento da qualidade do que criamos e produzimos. 

6. Qual sua maior conquista? 

Ver o Nordestesse impulsionar tantas marcas e designers. Em três anos de vida ajudamos mais de 120 marcas de moda e 35 designers de objetos a ampliarem seus mercados para além de seus estados, conectando-os com formadores de opinião, mídia e consumidores. 

7. Livro, filme e mulher que admira (não pode ser a mãe). 

Qualquer livro do Paul Auster, sou louca por ele. Já quando se trata de filmes, amo “O Diabo Veste Prada”. E uma mulher que admiro muito é a Yasmine Sterea, do Free Free 

 

 

Sobre Elas: Histórias que Inspiram Mudança

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