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Fabiana Ramos

Nossa Mulher Positiva é Fabiana Ramos, CEO da PinePR. Ela nos conta sua jornada profissional, e como o inconformismo e a falta de empresas que valorizam a liderança feminina a levou ao cargo de CEO. Atualmente, ela lidera uma equipe composta por 82% de mulheres. 

 



 

1. Como começou a sua carreira? 

Sempre fui muito comunicativa, e vindo de uma família simples, buscava alternativas para conquistar alguma renda. Ainda na escola, vendia brigadeiros e bijuterias para minhas amigas, mas foi aos 16 anos que consegui meu primeiro emprego com carteira assinada como vendedora em um shopping. Aos 18, passei a trabalhar na área comercial como telemarketing de uma  empresa petroquímica, entrei na Faculdade e depois fui conquistando novas oportunidades. Virei assistente de vendas, vendedora interna e quando consegui  comprar meu  primeiro carro, tive a oportunidade de me tornar vendedora externa e visitar clientes. Foi neste momento que as portas começaram a se abrir. Eu era a única mulher, entre tantos homens que batiam metas todos os meses, e então me tornei Gerente de Novos Negócios para grandes contas. Depois, Gerente América Latina de uma  petroquímica. 


Convivendo em um ambiente corporativo majoritariamente masculino e tradicional, não havia muitas mulheres ocupando cargos de Diretoria. Faltava inspiração e visibilidade de como eu poderia continuar crescendo na carreira. Sempre que eu ocupava um novo cargo, queria entender qual era meu próximo passo, frequentemente me questionando se era o lugar certo para estar, pois sabia que subir mais um degrau além da gerência era quase inatingível. 


Um momento de grande choque que vivi e me fez alterar o rumo da minha carreira foi quando tive que fazer uma viagem internacional com meu chefe para visitar um cliente importante. No momento que estava entrando na reunião, ouvi do meu superior que era para eu aguardar do lado de fora da sala, pois aquilo era um assunto para homens resolverem. Eu tinha me preparado para a reunião durante semanas, sabia todos os detalhes do cliente, e mesmo assim, não fui ouvida e não tive nenhum momento de fala. 

Ter passado por esta experiência me fez virar a chave. Saí da empresa, vendi meu carro, e passei 1 ano na Inglaterra para aperfeiçoar meu inglês, repensar minha carreira e o que realmente queria para o futuro. Novas portas abriram no meu retorno ao Brasil e depois de 14 anos no mercado petroquímico, tive a oportunidade de mudar para o mercado de luxo. 


Neste novo mercado, tive referências de mulheres c-levels, passei por mentorias e entendi que era possível chegar ao topo da pirâmide. Toda a experiência que tive me deu coragem para vir para o mercado de comunicação no meio da pandemia em 2020.

 

2. Como é formatado o modelo de negócios da PinePR? 

Com 14 anos de atuação, a PinePR é uma agência de PR especializada no atendimento a scale-ups, empresas inovadoras e grandes players de tecnologia com atuação dentro e fora do Brasil. Para acompanhar a jornada dos nossos clientes, em todas as suas fases de desenvolvimento, a empresa oferece soluções em comunicação que englobam Assessoria de Imprensa, Inbound PR, Conteúdo, Earned Media, Eventos e Gerenciamento de Crise. Com metodologia proprietária, priorizamos a entrega de resultados efetivos, rápidos e mensuráveis, alinhados às necessidades de organizações que atuam em cenários de incerteza, mudanças constantes e crescimento acelerado.  


3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? 

Foi quando após 14 anos no setor petroquímico, percebi que aquilo não se encaixava mais em meus propósitos e arrisquei uma mudança. Deixei para trás um ambiente onde as oportunidades de crescimento eram limitadas para mulheres e busquei um lugar onde a liderança feminina fosse valorizada. A virada de chave aconteceu quando recebi um convite para trabalhar como Gerente de Desenvolvimento de Negócios em uma multinacional de jóias, atuando em toda a América Latina. Convivi com figuras femininas importantes em cargos de alta liderança e comecei a perceber que seria possível crescer. Após 3 anos de novas experiências e muitos aprendizados, durante a pandemia decidi empreender e montei minha loja virtual de jóias.   


Depois de 8 meses empreendendo, ingressei na PinePR para um trabalho pontual de três meses. O foco inicialmente era uma consultoria para a área comercial da agência que já estava em pleno crescimento. Gradualmente, me destaquei e me adaptei a um ambiente liderado e moldado por mulheres. Fui então promovida a Head de Novos Negócios e Marketing, cargo que apresentei resultados relevantes, e após 1 ano recebi o convite para assumir o posto de CEO, algo que me surpreendeu. Aceitei o desafio e me sinto realizada onde estou. 


Hoje, tenho certeza da potência das mulheres nas principais cadeiras de uma companhia e meu objetivo é promover cada vez mais espaços para crescimento, afinal já passou da hora de mostrarmos que ser líder é coisa de mulher. 


4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa? 

Trabalhamos no modelo híbrido na PinePR, então consigo aproveitar melhor meu dia ao invés de perder horas de deslocamento no trânsito. Assim, tenho tempo de ir para academia pela manhã, fazer cursos para me capacitar cada vez mais, e jantar com a minha família todos os dias. 


5. Qual seu maior sonho? 

Ser mãe é o meu maior sonho, e só o fato de poder falar sobre isso sem medo de perder oportunidades na minha carreira, já me faz muito feliz. Em breve, realizarei este sonho, pois me sinto segura onde estou atualmente no âmbito profissional, para realizar esse sonho sem medo. 


6. Qual sua maior conquista? 

Minha maior conquista é poder prover uma estabilidade financeira para minha família enquanto trabalho em um lugar onde posso fazer a diferença na vida das pessoas. Dizia que fechar um grande contrato era o que mais me realiza profissionalmente, mas hoje, me realizo promovendo pessoas e incentivando mulheres a alcançarem a alta liderança. Encontrei o meu propósito mudando a vida de outros profissionais.  


Hoje, como CEO da PinePR, sei que tudo que vivi de bom ou ruim, foi a preparação para chegar até aqui, e sou muito grata por cada momento de coragem de encontrar o meu lugar na liderança. Tudo aconteceu como devia ser para que eu me tornasse a profissional que sou hoje. 

7. Livro, filme e mulher que admira (não pode ser a mãe). 

Livro: Líderes que Curam da Antonella Satyro, é um livro que fala sobre a liderança do futuro, com sentimentos e vulnerabilidade para engajar sua equipe de forma genuína. 


Filme: À Procura da Felicidade, é um filme que trata de resiliência e amor por sua família. Sempre temos alguém que nos motiva a seguir em frente, e no filme Will Smith não desiste de lutar para poder criar seu filho. 


Mulher que admiro: Nadja Swarovski, ela é VP da Swarovski e entrou no negócio de sua família em 1995, na área de comunicação e marketing. Ela redesenhou a estratégia da marca que seu tataravô criou há mais de um século na Áustria. Com uma estratégia arrojada de aproximar grandes grifes à marca, trazendo de volta à tona para o cenário da moda atual a empresa da sua família. 

 

 

Sobre Elas: Histórias que Inspiram Mudança

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