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Renata Di Carmo

Nossa Mulher Positiva é Renata Di Carmo, atriz, autora, diretora, escritora e produtora. Como autora, tem atuado para os mais diversos serviços de streaming, como HBO, Netflix, Disney, Globoplay e Amazon. Entre os seus trabalhos mais recentes, destaca-se a série Humor Negro, do Multishow (roteirista-chefe e redação-final), Candelária, da Netflix (roteiro e redação- final), Toda Família Tem, da Amazon (roteirista-chefe e redação final), Últimas Férias, do Star+ (consultora), Cidade de Deus, da HBO Max (roteirista) e a adaptação de Torto Arado (roteirista), obra do baiano Itamar Vieira Junior.


Após ter se tornado autora-roteirista de uma das maiores emissoras do país há mais de 25 anos, Renata Di Carmo pavimentou sua carreira como escritora, diretora, jornalista, ensaísta e diretora à frente da produtora Churinga Produções, através da qual atua em diversos setores culturais, inclusive em exposições. Com uma vasta carreira como atriz, que começou na infância, em 2024 pode ser vista no remake de Cabocla e atuou em séries e em um longa, em finalização.Também está à frente de séries e longas como diretora e produtora, além de se dedicar a área acadêmica. Renata possuiu três faculdades, pós, mestrado e doutorado na área artística.





1. Como começou a sua carreira?

Comecei no teatro, fiz um curso para atores e esse curso me levou a integrar grupos de teatro amadores e depois profissionais. Comecei a trabalhar bem cedo, no elenco de peças que apresentávamos em teatros, festivais, escolas, empresas, centros culturais, etc. Já era trabalho. Fiz outros cursos, oficinas, etc. Do teatro passei para TV, primeiro fazendo participações e depois compondo elenco de novela. Já escrevia para o teatro também, então veio o audiovisual, como autora, e o trabalho foi se ampliando. Passei a dirigir e mais tarde a produzir também. Como comecei muito cedo, na adolescência já tinha registro profissional, por exemplo. Conquistado pelo somatório dos meus trabalhos, via processo formal nos órgãos competentes. Com 17 já prestava serviço de autora-roteirista para TV e com 18 assinei minha carteira, fui contrata como autora, escrevendo para televisão. Depois veio a escrita pro cinema. Por conta da minha atuação super precoce, quando fui cursar minhas faculdades, eu já trabalhava. Pós, mestrado, doutorado na área, e sempre trabalhando. Muita gente nem entendia o motivo de eu estar estudando tanto se já estava no mercado. Mas pra mim era importante e eu sabia os estranhamentos que acompanhavam esses comentários e o que estava por trás de tudo isso. Minha vida toda sempre esteve atravessada pelo meu trabalho e eu nunca fui uma pessoa de fazer uma coisa só, minha atuação sempre foi multi.


2.     Como é formatado o modelo de negócios da Churinga Produções?

A Churinga Produções é uma produtora de sociedade limitada com foco em criação e produção artística. Pela produtora presto serviço para outras produtoras e para o setor audiovisual e artístico em geral. Além disso, crio e fomento meus próprios projetos para TV, cinema, streaming, teatro, literatura e etc, bem como fomento a produção e circulação de conhecimento no setor, especialmente para grupos menorizados na representação social, mas não apenas. Então, basicamente, através da minha empresa presto e proponho projetos artísticos, assim como iniciativas. Sou proprietária e diretora da empresa, mas o trabalho é variado. Escrevo, dirijo, produzo, atuo, tudo depende do projeto.


3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

 Não sei se tem momento fácil, sempre é um investimento muito grande de nossa parte e há inúmeros obstáculos a vencer. Não dá pra achar que está tudo resolvido, é um processo diário. Mas sem dúvida vivi muitos anos em que precisei abrir a unha meu espaço, foi bastante dolorido e solitário, precisei de muita força, resiliência e muita certeza de quem eu era. Hoje preciso seguir renovando a certeza de quem eu sou, diariamente. Pois inúmeras vezes, e quando digo inúmeras não é um exagero, gênero e raça pulam na frente de qualquer outra coisa de uma forma arrebatadora. De qualquer outra coisa: experiência, formação, talento, visibilidade. Nada importa, vão tentar te diminuir, diariamente. Então, é necessário uma fé inabalável em quem você é e no que você está propondo, resiliência renovada muitas vezes, ação contínua, é um trabalho mental e emocional gigantesco. Ter de ser forte o tempo inteiro é adoecedor. É um local solitário onde estamos, e isso não é bom. Nunca poder estar verdadeiramente “relaxado” é perverso.


4.    Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?

Isso é um imenso desafio, principalmente para as mulheres. Todos os dias a gente tem que lembrar que precisamos ter saúde para viver bem e produzir o que desejamos. Que a gente precisa ter um lar acolhedor, equilibrado, em paz. Não é simples, é um exercício. Um exercício que precisamos lembrar de nos propor sempre. Eu não vou dizer que faço isso super bem, eu estou me esforçando. Acho que a gente como um todo precisa melhorar muito nisso. Não é simples, pois é toda uma mentalidade que precisa se alterar pra que a gente não adoeça no trabalho. E quando falo de alguns recortes o buraco é bem mais embaixo. Trata-se da gente, mas se trata também do mercado a nossa volta.


5. Qual seu maior sonho?

É segredo, desculpe (risos). Os de hoje não falo, é só isso… Mas no geral, desejo que as pessoas não precisem passar toda uma vida se provando profissionalmente, que elas sejam “avaliadas” por suas trajetórias, seriedade, retidão, compromisso e talento apenas. Que elas tenham tempo de realizar e compartilhar com os seus, as suas pessoas queridas, os sonhos realizados. Quando te roubam o tempo, te roubam tudo.


6. Qual sua maior conquista?

Ainda estar no mercado depois de tanto tempo, pois não se trata apenas de ingressar, se trata de permanecer. Para mim, que comecei na década de 90 no audiovisual e nas artes, quando era absolutamente improvável que alguém como eu fizesse o caminho que fiz, estar trabalhando, fazendo bons projetos, estar em diálogo com o mercado, abrindo caminhos desde lá (propondo, questionando, criando fissuras, mudando), produzindo, chefiando processos, criando, produzindo através da minha empresa, é uma grande vitória. Eu sobrevivi.


7. Livro, filme e mulher que admira?

Livro: Vou citar “Tudo sobre o amor”, da bell hooks, que reli recentemente e me atravessou de algumas formas.

Filme: Adoro “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, dirigido por Barry Jenkins

Mulher: Vou citar a maravilhosa Shonda Rhimes.



Sobre Elas: Histórias que Inspiram Mudança

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