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Thaís Villa

Nossa Mulher Positiva é Thaís Villa, médica neurologista especialista no diagnóstico e tratamento das dores de cabeça e da enxaqueca. Vamos conhecer a sua jornada empreendedora que inclui o pioneirismo na fundação de um centro de tratamento integrado da enxaqueca referência no mundo e a liderança de uma equipe formada por 23 profissionais da saúde dedicados ao cuidado integral de pessoas que sofrem com a doença.




1. Como começou a sua carreira?

Tudo começou nos sonhos de uma menina de Marília (SP) que, lá pelos seus 7 anos de idade, decidiu que seria médica com um consultório bonito e diplomas na parede. Desde sempre curiosa, pesquisadora sobre o sono e os sonhos, e apaixonada pelo funcionamento do cérebro, entrei para a faculdade de Medicina aos 17 anos, certa de que o meu caminho seria trilhado na Psiquiatria. O ajuste de rota, porém, veio com os estudos em Neurologia, especialidade da Medicina que trata o funcionamento do cérebro em profundidade.


Quando em residência médica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), iniciei o estágio no setor de cefaleias da instituição e comecei a atender pacientes com enxaqueca e, mais do que ajudar essas pessoas a ter qualidade de vida por meio do diagnóstico e tratamento adequados da doença, encontrei minha paixão profissional. Nunca tive uma dor de cabeça, nem tenho parentes ou pessoas próximas que tenham enxaqueca, mas foi pesquisando e trabalhando a fundo a doença que eu tive a chance de estudar o cérebro, unindo Neurologia, Psiquiatria, questões do sono, humor, farmacologia, enfim, contemplava tudo o que eu desde criança sempre quis estudar. Continuei meus estudos com mestrado e doutorado com foco na doença enxaqueca e, em 2013, veio a oportunidade de estender a pesquisa sobre a relação da enxaqueca e tonturas em pós-doutorado na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), uma das universidades de mais destaque nos Estados Unidos, país onde tive a oportunidade de conhecer os headache centers - centros de tratamento da enxaqueca.


Mais tarde, de volta ao Brasil, eu tinha uma demanda muito grande de pessoas com enxaqueca, que é a mais prevalente entre as doenças. Era a minha oportunidade de fazer o bem porque as pessoas com enxaqueca precisam dessa ajuda e tinha tudo para ser um negócio de sucesso. Então, em 2016, eu criei o Headache Center Brasil, em sociedade com o marido, que também é médico. Hoje, temos 540 metros quadrados de clínica que fica em São Paulo, 23 profissionais de saúde em 12 especialidades médicas e já atendemos pacientes do Brasil todo e do exterior (EUA,  Argentina, Espanha, Portugal, França, Inglaterra, Irlanda, Austrália e Dinamarca), focados na jornada de tratamento 360 graus dessas pessoas.


2. Como é formatado o modelo de negócios do Headache Center Brasil?

O tratamento oferecido no Headache Center Brasil  é inédito. Somos pioneiros na formatação desse fluxo do paciente dentro da clínica, onde ele tem um atendimento realmente multidisciplinar, que indica para ele um plano de tratamento e não somente uma consulta médica, e que vai atendê-lo em todas as suas demandas e necessidades. Não existe o modelo trazido de algum outro lugar,  até porque mesmo os outros Headache Centers fora do Brasil não têm o número de especialidades que nós temos no HCB e nem mesmo o plano de tratamento, a jornada de cuidados que é manejada pela nossa equipe.


3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira?

Quando fiquei um ano morando nos Estados Unidos, em 2013. Foi um período muito importante mas, ao mesmo tempo, difícil porque eu tive que abandonar tudo aqui no Brasil por um ano, casada tive que deixar meu marido, fechar consultório e depois retomar tudo de volta porque antes eu já estava fazendo consultório, porque eu já tinha doutorado, eu tive que parar tudo para poder estudar ainda mais, me especializar ainda mais e realmente foi difícil ficar sozinha nos EUA. É uma outra cultura, eu realmente não tinha nenhuma rede de apoio onde fiquei, em Los Angeles, na Califórnia, estudando na UCLA. Foi um período divisor de águas na minha vida mas, ao mesmo tempo, também foi difícil.


4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa/empreendedora?

Quando estou na clínica, estou na clínica. Quando estou fora da clínica, estou fora da clínica! Acho que é estar presente no local onde você está e estar ausente também quando é necessário. Eu não vivo o trabalho 24 horas por dia. Quando quero não pensar nisso, quando sei que posso deixar isso para outro dia, quando tiro férias, eu tento pelo menos a cada três a quatro meses, tirar um período para sair mesmo, viajar. Eu estou lá vivendo o momento no lugar que estou. Eu acredito que quando a gente está presente no trabalho, mas também está ausente quando necessita, fica mais fácil equilibrar.


5. Qual seu maior sonho?

Meu maior sonho é viver muito com saúde, só isso. Ter saúde! O restante já está acontecendo, a gente faz acontecer. Quando a gente tem saúde, tudo tem jeito. Então eu quero viver com saúde, se Deus quiser.


6. Qual sua maior conquista?

Considero que a maior conquista foi ter tido uma vida que saiu melhor do que eu sonhei, graças a muito planejamento. E, de novo, também saber aproveitar as oportunidades e agarrá-las com muita força, perseverança e energia positiva. Eu não era uma criança que sonhava com nada do que eu conquistei, porque eu vivia muito presente, sempre fui uma pessoa que vive o presente. Quando eu era criança, eu era criança. Quando eu era adolescente, eu estava vivendo a adolescência. Quando eu estava na faculdade, eu estava vivendo a faculdade. Mas, conforme as coisas foram acontecendo, eu fui sempre me organizando e aproveitando ao máximo todas as chances. Isso fez eu construir uma vida, não só o Headache Center Brasil, mas uma vida! Eu tenho um casamento muito sólido e sou muito feliz e luto bastante para ter o máximo de saúde possível para manter tudo isso. Tenho uma clínica que está indo muito bem, mas é dedicação, é fazer todo  dia um pouquinho, viver o momento presente. Então, a maior conquista é isso! Ter tido uma vida que foi melhor do que tudo que sonhei em relação à parte profissional e também na minha vida pessoal.


7. Livro, filme e mulher que admira ?

Livro é o que estou lendo atualmente: “Nação Dopamina”, da Dra Anna Lembke, que mostra o quanto é importante o cérebro reagir ao imediatismo que a gente vive hoje e como isso, inclusive, pode ser uma consequência e uma causa de piora de saúde mental em geral das pessoas, incluindo a enxaqueca de maneira muito importante.


Filme, eu gosto de musicais, então gosto do “Moulin Rouge”. Difícil falar porque eu gosto e assisto muitos filmes, mas musical é um gênero que eu gosto bastante.


Mulher que admiro, admiro mulheres inteligentes, que tiveram carreiras, que trouxeram diferença, e mais que isso, mulheres pioneiras na área em que atuam. Aqui eu cito a jornalista Marília Gabriela, que foi uma das pioneiras do jornalismo, dos programas de entrevistas.


 
 

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